quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fazendo com que a Graça seja realmente maravilhosa


A pergunta que deveria estar no coração de cada cristão é: qual a melhor maneira de mostrarmos a maravilhosa graça de Deus a este mundo perdido? É curioso que quando dizemos aos pecadores que Deus os amou de tal maneira que deu Seu único Filho para morrer em lugar deles, isso parece ter menos importância de que a previsão meteorológica do dia. Na opinião deles, pelo menos a “previsão do tempo para hoje” é aplicável imediatamente.
A solução para este dilema pode ser encontrada em Romanos 5:20. Neste versículo ficamos sabendo para que Deus nos deu Sua Lei: “A Lei veio para que a ofensa abundasse. Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça.”
Quando o pecado abunda, a graça superabunda. De acordo com as Escrituras, o que faz com que o pecado abunde é a Lei.
Podemos ver a obra da Lei de Deus ilustrado na lei civil. Por exemplo, quando não há nenhum sinal visível da lei em uma rodovia, os motoristas geralmente transgridem o limite de velocidade. Aparentemente, todo motorista infrator pensa consigo mesmo que lei esqueceu de patrulhar esta parte da rodovia. Além do mais, ele só está 30 km acima do limite de velocidade e, afinal de contas, ele não é o único a estar fazendo isso.
Note o que ocorre quando a lei aparece na rodovia com a sirene ligada e as luzes piscando. O coração do infrator pára de bater por um segundo. Ele já não se sente mais seguro com o fato de que há outros motoristas infringindo a lei junto com ele. Ele sabe que é pessoalmente culpado – tanto quanto qualquer outro infrator – e ele pode ser a “bola da vez”, aquele que a lei vai mandar parar no acostamento. O fato de que há outras pessoas fazendo o mesmo é irrelevante. De repente, seus “meros” 30 km por hora não mais parecem algo tão desprezível assim; na verdade, eles parecem abundar.
Observe a rodovia do pecado. O mundo inteiro está naturalmente indo com a maré. Quantos podem dizer que nunca tiveram (ou desejaram ter) um relacionamento extraconjugal? Quantos na sociedade de hoje podem dizer que nunca contaram uma “mentirinha”? Quem nunca furtou nada de outrem? Os pecadores sabem que o que estão fazendo é errado, mas sua segurança está no fato de há muitas outras pessoas tão culpadas quanto eles. Tem-se a impressão de que Deus esqueceu de tudo a respeito do pecado e dos Dez Mandamentos. Então, o pecador diz em seu coração: “Deus esqueceu-se; cobriu o seu rosto e nunca verá isto.” (Salmo 10:11)
Agora veja o que ocorre quando chega a Lei com sua sirene ligada e as luzes vermelhas piscando. O coração do pecador pára de bater por um segundo. Ele tapa a sua boca com a mão. Ele examina o velocímetro de sua consciência. Repentinamente, isso lhe mostra a medida de sua culpa sob uma nova luz – a luz da Lei. Seu senso de segurança no fato de que há multidões fazendo o mesmo torna-se irrelevante, pois cada pessoa prestará contas de si mesma perante Deus. O pecado não somente se torna pessoal, ele parece “abundar”. Sua mera lascívia se torna adultério no coração (Mateus 5:27,28); sua mentirinha, falso testemunho (Apocalipse 21:8); seu jeito [pessoal de ser e de agir], se torna rebelião; seu ódio, assassinato (1 João 3:15) e seus dedos “leves” o condenam como ladrão – “A Lei veio para que a ofensa abundasse.” Sem a chegada da Lei, o pecado nem é pessoal nem evidente: “Pois sem a Lei, o pecado está morto [no sentido de que parece inócuo]” (Romanos 7:8)
Foram os “Mandamentos” que mostraram a Paulo o pecado à sua verdadeira luz, ou seja, que ele é “excessivamente maligno” (Romanos 7:13). Paulo falou baseado em sua própria experiência, pois havia sido educado aos pés de Gamaliel, o grande “doutor da lei” e, portanto, enxergava o pecado em suas cores mais vívidas.
De acordo com as Escrituras, “[A verdadeira função da] Lei é fazer as pessoas reconhecerem e serem conscientes do pecado [não uma mera percepção, mas um entendimento do pecado que conduz ao arrependimento...]” (Romanos 3:20).

Fragmento da lição 2 do curso de evangelismo Bíblico: http://www.evangelismobiblico.com.br

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